Pesquisa sobre a importância da dança no contexto das instituições de ensino de pessoas com deficiência mental e que ocorreu nos anos de 2006 e 2007. O estudo repensa as técnicas educacionais aplicadas ao longo das últimas décadas através da contextualização histórica e contabiliza os avanços políticos, legislativos e sociais frente ao processo de inclusão. Buscou estudar os termos mais usados para designar as pessoas com deficiência, refletindo seus significados frente aos preconceitos e estereótipos. Refletiu sobre os impedimentos da implementação da dança no contexto da escola especial, investigando a dança como prática da educação especial. Teve como objetivo descrever e analisar possíveis contribuições do ensino da dança para pessoas com deficiência mental e observou melhorias do nível de sociabilidade e da aprendizagem assim como outros benefícios alcançados pelas pessoas que participaram desta experiência pedagógica. Para a compreensão da importância do ensino da dança na escola especial, desenvolveram-se aulas e apresentações, que foram documentados para demonstrar como a dança estimula o engajamento voluntário do aluno. Como metodologia se fundamentou na etnopesquisa, que se traduz na descrição e avaliação da experiência pedagógica realizada com o grupo de dança do Instituto Pestalozzi da Bahia, a fim de compreender os sujeitos em seu meio. Observando e analisando sua maneira de pensar e agir, utilizando-se de suas ‘história de vida’, entrevistas e descrições dos desenhos (figura humana) feitos pelos alunos antes e depois das aulas de dança, para perceber possíveis mudanças na imagem do corpo dos sujeitos, sendo analisados sob seus diversos aspectos: sociais, afetivos e fisiológicos. Estas melhorias são descritas e apontadas no texto, sendo a sociabilização, uma das possíveis mudanças de comportamento encontrados entre os depoimentos daqueles que puderam participaram das entrevistas sendo também a sensação de alegria descrita pela maioria dos alunos em seus desenhos após as aulas de dança.