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E-book Avaliação e Ensino de Produção Escrita: As vozes que constituem as práticas metodológicas do professor de Português no Ensino Médio

Autores:
Sebastião Carlúcio Alves Filho
Silvio Ribeiro da Silva


Área de conhecimento:
Educação

Ano: 2024

1ª Edição

ISBN: 978-65-89928-71-3

DOI: 10.47538/AC-2024.25

Avaliação e Ensino de Produção Escrita

As vozes que constituem as práticas metodológicas do professor de Português no Ensino Médio

A avaliação da aprendizagem tem sido foco de diversos trabalhos acadêmicos, no entanto, boa parte destes se restringe a problematizar o modo como funcionam os instrumentos por meio dos quais o professor empreende o processo de avaliação em sala de aula. Nesse sentido, propus, para a elaboração dessa tese, uma investigação cujo objetivo geral centrou-se em identificar o modo como se relacionam vozes na construção das representações dos professores de Língua Portuguesa (LP) acerca da avaliação da aprendizagem nas aulas de produção textual. Dessa forma, distancio-me da análise de instrumentos avaliativos para manter meu foco investigativo sobre as ações de linguagem praticadas pelo professor durante o processo de ensino-avaliação. Minha opção por seguir este caminho se deve ao fato de que levo em consideração os pressupostos teórico-metodológicos do Intercionismo Sócio-discursivo, a partir dos quais defendo que a avaliação é uma ação de linguagem e, por esse motivo, acontece apenas durante a interação professor/aluno. Para atingir o objetivo proposto, realizei uma análise dos pré-construídos que, de certa forma, poderiam influenciar as práticas docentes, tais como: os documentos oficiais do Governo Federal que tratam do Ensino Médio; os critérios de avaliação utilizados para a correção da prova de redação do ENEM; o livro didático de português adotado pela escola em que se efetivou essa investigação; por fim, as recomendações relacionadas ao ensino de produção textual feitas pelos pesquisadores das universidades brasileiras. Após essa primeira fase, foi efetuada a observação e gravação em vídeo das aulas de um professor de LP, que ministra aulas em uma turma do terceiro ano do Ensino Médio (EM), durante um semestre letivo. Além disso, foi feita uma entrevista, também gravada em vídeo, com este professor, antes das observações, com o objetivo de que fossem conhecidas suas concepções acerca da avaliação na aula de produção textual. Como última etapa desse trabalho, os dados obtidos com a análise das observações e da entrevista foram cruzados com aqueles produzidos por meio da análise dos pré-contruídos e, assim, foi possível identificar aqueles que mais exercem poder sobre a formação das representações docentes. Ao final dessa pesquisa, foi possível concluir que, apesar de vozes advindas de instâncias oficiais do governo encaminharem um trabalho com a produção de texto voltado às práticas contextualizadas e cuja avaliação tenha como objetivo a formação de alunos autônomos em relação à própria aprendizagem, permanecem na escola práticas classificatórias, que lá se encontram, não devido à formação do professor, mas advindas do ENEM, que, paradoxalmente, desconsidera todas as indicações dos documentos oficiais em sua formulação.

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