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E-book Reflexões acerca da influência exercida pela (não) avaliação do PNLD sobre as atividades de leitura dos materiais didáticos de Língua Portuguesa

Autores:
Sebastião Carlúcio Alves Filho
Silvio Ribeiro da Silva


Área de conhecimento:
Educação

Ano: 2024

1ª Edição

ISBN: 978-65-89928-72-0

DOI: 10.47538/AC-2024.27

Reflexões acerca da influência exercida pela (não) avaliação do PNLD sobre as atividades de leitura dos materiais didáticos de Língua Portuguesa

Não muito raro ouve-se falar da necessidade de se estimular a leitura e de como esta prática rende benefícios a qualquer cidadão. Com certa frequência, também, discute-se sobre a dificuldade que os alunos, seja das escolas da rede privada ou das escolas da rede pública, têm para ler textos escritos. Levando em consideração o fato de que, em grande parte das vezes, estes alunos mantêm contato com a leitura quase que exclusivamente por meio dos materiais didáticos com os quais trabalham em sala de aula, tive como objetivo, por meio deste trabalho, fazer uma investigação sobre a influência exercida pela (não) avaliação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2012) sobre os livros didáticos de português (LDP) distribuídos gratuitamente às escolas da rede pública de ensino e sobre os materiais didáticos utilizados pelos alunos das escolas da rede privada. Isso porque considero que tanto a avaliação do PNLD, no caso dos LDP, quanto a não avaliação, no caso dos materiais didáticos das escolas da rede privada, exercem influência sobre o conteúdo apresentado aos alunos por estes materiais. Para a execução desta pesquisa, que se trata de um estudo de caso, uma vez que toma como corpus de análise um objeto específico representativo de uma realidade, adoto os pressupostos metodológicos da Linguística Aplicada (LA). Assim, foram criadas categorias de análise cujos referenciais teóricos que subsidiaram sua criação são as concepções de linguagem, leitura e avaliação. Para isso, utilizei como fundamentação teórica as palavras de Rojo (2004, 2006 e 2009), Kleiman (1993), Silva (2009) e Solé (1998), dentre outros que tratam de leitura, bem como as de Freire (1996), Luckesi (2002) e Hadji (2001), que tratam de avaliação e, por fim, Perfeito (2007), Oliveira (2008) e Bakhtin (1952-53 e 1929), no que diz respeito à linguagem. Ao final deste trabalho, foi possível perceber que o PNLD/2012 acaba por não exercer de forma efetiva influência sobre o conteúdo apresentado pelos materiais didáticos de língua portuguesa. Nem sobre os LDP avaliados, tampouco, sobre as apostilas que não passam pela avaliação do Governo Federal. Os materiais avaliados apresentam apenas o mínimo de atividades de leitura que contemplem ao que propõem as rubricas de avaliação e restringem-se a propagar um tipo de ensino de leitura cunhado na concepção de linguagem que a encara como uma expressão do pensamento, na concepção de leitura que encara esta prática como apenas um processo de decodificação e na concepção de avaliação que vê esta prática como uma simples forma de diagnosticar as dificuldades dos alunos/leitores.

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