Um livro é, desde sua gênese, um caminho a ser percorrido, de encontros desejantes, pulsantes e marcado por inquietações que vão além daquilo que a episteme e as teorias podem alcançar. Por mais que falemos de eixos nodais para campos que atravessam a educação e sociedade, direito e educação, psicanálise e política social, e tecnologia na educação, também devemos falar da vida que pulsa. Justamente, por trata-se da ontologia do heideggerianismo, pois, afinal, se alguém escreve algo é porque este algo o inquieta e sua inquietude é lançada ao mundo para que outros possam apreciar a sua existência e seus múltiplos sentidos.

     O livro "WITHOUT BORDERS: INTERNATIONAL RESEARCH", que em sua tradução literal é apreendido como "SEM FRONTEIRAS: PESQUISA INTERNACIONAL", nos convida a refletir sobre temáticas que atuam para além da transmissão do conhecimento, mas também como um espaço de resistência, diálogo e transformação social. Ao abordar temas que se alinham nas áreas do conhecimento da educação, da psicanálise e política, do direito e sociedade, e da tecnologia na educação de forma integrada, esta obra oferece uma visão abrangente e crítica dos desafios e possibilidades que permeiam o campo sociopolítico.

     Enquanto psicanalista e psicóloga, entendo que a inquietude que motiva a escrita e a pesquisa é um reflexo da pulsão de vida, uma busca constante por sentido e compreensão. Nesse aspecto, este livro é um convite à reflexão e à ação, visando a construção de uma educação equânime, sociopoliticamente inclusiva e transformadora. Ele nos desafia a pensar além das fronteiras tradicionais do conhecimento, explorando as intersecções entre diferentes disciplinas e perspectivas, e promovendo um diálogo enriquecedor e necessário para a transformação social.

     Ao mergulhar nas páginas desta obra, somos convidados a participar de uma jornada intelectual e emocional, onde cada capítulo é um convite a repensar nossas práticas, crenças e estruturas. É um chamado à ação, para que possamos, juntos, construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde a educação não seja apenas um direito, mas uma prática viva e pulsante de transformação social.

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Camila de Freitas Moraes

Doutora em Política Social e Direitos Humanos (UCPEL), Psicóloga e Psicanalista